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2. INSAG

Foto do escritor: E. J. Eluan JrE. J. Eluan Jr

Atualizado: 15 de nov. de 2021

Olhando de cima parece que Insag é um oásis por entre o nada de Sideron. A delimitação da abundante vida da tribo - com sua floresta, plantações, lago, rio, gente - e o deserto que a guerra havia deixado, é bem definida.


Todo esse espaço que alimenta a tribo deve ter aproximadamente uns 60 quilômetros quadrados. Insag em si ocupa menos de 1/6 dessa área. É formada por círculos de casas, que por sua vez formam um grande círculo protegido por um grande cercado florestal. Percebem-se algumas áreas de plantio que também cortam o rigor do emaranhado de árvores que rodeia a tribo.



Ao sul, uma pequena estrada de chão batido leva à única saída visível de Insag, que desemboca na ponte sobre o Rio Mesag. Dali sai um caminho ondulado, que ainda corta a floresta com suas várias árvores na margem oposta do grande rio. Mas não precisa percorrer muito para ver a floresta se esvair em uma vegetação de savana e, um pouco mais adiante, num grande deserto sem vida.


Percorrendo uma linha reta para leste, é possível facilmente chegar ao que podemos identificar como um caminho que, na verdade, antes era uma auto-estrada, que leva à hoje decadente metrópole Nemansky, atual capital do planeta.


Mas se, ao sair da floresta, cortarmos o deserto para sudoeste, encontraremos outra tribo: Zenit, onde o sinal de uma rádio difusora que lá foi montada consegue, com sorte, chegar até Insag e entreter seus habitantes. Ao norte, separada de Insag pela floresta, existe outra tribo: Amagor, que consideram deuses os meta-humanos.


Mas nenhum desses aglomerados de pessoas viventes desse minúsculo pedaço de Sideron é como Insag. Para quem veio de outro mundo, como eu, e percorreu vários pontos desse planeta em busca de meu objetivo, é um gratificante encontro a visão da boa energia das pessoas que ali vivem, do lugar cheio de vida e da organização civilizada que tem. Mais gratificante ainda é perceber que meu objetivo encontra-se ali. Mais precisamente chegando à casa de saúde, onde Agnar encontra-se internada.


Ao abrir a porta do quarto de Agnar, ensopada da chuva que cai lá fora, Marieh parece visivelmente temerosa, travada, trêmula. Mas um leve pouso da mão de sua tia Mishna em seu ombro parece tê-la encorajado. E antes de completar seus primeiros três passos em direção à cama, a fraca voz de Agnar parece, ao mesmo tempo, ter limpado o medo de Marieh e lhe revelado a gravidade da situação. “Venha, meu amor! minha irmã!”. Marieh cai em prantos. Perdeu muito tempo de sua vida com seu excessivo respeito por ela. Não a conheceu. A Agnar chefe foi uma barreira para Marieh ter chegado a sua irmã. Mas parece que, naquele momento, era a sua irmã que se chega à Marieh e lhe fala. E pela primeira vez. E está morrendo.

 

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INSAG
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