Olha novamente para frente, engatinha até Marieh, a alcança, está mergulhada, como ele, no bege da poeira misturado à fumaça.

Sente-se idiota, ajoelhado frente ao meta-humano, tentando ainda fixar o olhar e acreditar no que via enquanto a luz do elmo alumia a noite.

Inusitadamente, o Monsenir, que enxerga, é conduzido pelo cego da visão, mas sensível às outras frequências de luz do mundo.

O que pude enxergar antes, no sonho, é tudo o que não consigo enxergar agora aqui, acordado.

Apenas o sentido da visão me embaça. Mas me clareia mais o sentido de nossas vidas.

Nem todos os meta-humanos são protetores. Nem todos em Orion são santificados. Nem todos os sartânios são demônios.

E agora está ali, trancado em sua casa enquanto a festa acontece, sentindo o cano frio de sua arma apontando para a própria cabeça.

De repente, o lapso termina, e o tempo volta a andar com brutalidade. Tudo o que Astozeu havia murrado em seu acesso de fúria explode.

Veothar tenta reagir àquela situação psicologicamente intimidadora e biologicamente vertiginosa.

Apenas os cinco que estão naquela casa podem se movimentar naquele lapso de tempo, porque têm artefato apropriado.

Entram na casa três sartânios. Atravessam o corredor até chegar na cozinha onde estão Veothar e Monsenir paralisados como tudo ali.

"O meu despertar foi uma vitória, principalmente para a Dra Eliar. Eu era seu primeiro experimento de salvação através daquela nova ciência"

Monsenir continua aparentando atenção, mas parece que sua mente também não estava ali em seu corpo.