Andir, avô de Marieh, era um foragido. Tinha assassinado o líder da própria nação. Um ato que mudou a história de seu país e de sua casa.

Inusitadamente, o Monsenir, que enxerga, é conduzido pelo cego da visão, mas sensível às outras frequências de luz do mundo.

O que pude enxergar antes, no sonho, é tudo o que não consigo enxergar agora aqui, acordado.

Apenas o sentido da visão me embaça. Mas me clareia mais o sentido de nossas vidas.

Sabia, de alguma forma... Estava sem a visão... Se voltasse ao corpo, estaria mais fraco que antes e cego. Sente um aperto na alma.

E se vê velho, na companhia de uma Marieh diferente, reluzente, madura. Vestida como uma grande rainha kampfa.

Aqui, na sua mente, não há tempo. E ela vaga no devir que sua alma conduz.

Entram na casa três sartânios. Atravessam o corredor até chegar na cozinha onde estão Veothar e Monsenir paralisados como tudo ali.

"O meu despertar foi uma vitória, principalmente para a Dra Eliar. Eu era seu primeiro experimento de salvação através daquela nova ciência"

Monsenir continua aparentando atenção, mas parece que sua mente também não estava ali em seu corpo.

"Se confiar no que está lavrado em sua alma, fora da memória material, deixará a vida lhe dar as respostas."

Ao redor dela, uma revoada de seres iluminados que se misturam e formam um forte redemoinho de luzes em volta da menina. Só Veothar vê.

Há alguém lá embaixo que é a chave dessa proteção. Precisa salvá-la, assim como Marieh e a gente de Insag.

Insag era um ponto de convergência, ou de conflito, entre Escorpião, meta-humanos, humanos, Orion... Havia algo mágico e nebuloso lá.

"Não lute contra esse pacto, Agnar dos Nasir! Mantenha seu povo vivo! Manter a paz, neste momento, é melhor que os enfrentar"